sábado, 20 de fevereiro de 2010

Porque Sinfonia Pastoral...

Sempre gostei de Mitologia e de sinfonias. Desde pequena. No inicio porque me pareciam encher os sonhos infantis de personagens que já me pareciam conhecidos...sei lá porque, coisas de criança, déjà vu talvez...

Naquela época eu não sabia o que era Mitologia e, singelamente, Disney me apresentou a ela em seus desenhos animados e me encantou com aqueles seres e cenários do clássico longa metragem Fantasia. A música era linda e especialmente aquela que tinha como cenário o Monte Olimpo com aquelas figuras estranhas meio humanas, meio animais, cavalos alados e de tudo que já vinha de partes anteriores igualmente belas e intrigantes do filme.

Ainda na época, fazia aulas de piano e estava sendo apresentada às músicas clássicas e aos seus autores, de forma técnica e disciplinada; só os conhecia com a imagem sisuda e cabeluda daqueles bustos de gesso que os representavam e que não combinavam com as belas sinfonias que criavam...Mas eu continuava a estudar, mesmo não concordando com isso e com a professora, igualmente mal humorada que sentava-se à minha direita com uma batuta apontando a partitura. Hoje meu piano continua comigo, com as cicatrizes feitas pelos cupins e inúmeras mudanças, como única testemunha muda daquela iniciação, pois não toco mais nada...

Mas foi em Fantasia que reconheci várias das músicas que ganharam movimento e cor e a Sinfonia Pastoral é o nome dado à sinfonia n.6 de Beethoven, que foi adotada como fundo musical daquelas cenas mitológicas.
Ah...aquele busto carrancudo de gesso que continua em cima de meu piano, é do próprio!! Resolvi colocar um Carlos Gomes, mais simpático por sinal, para lhe fazer companhia ao longo desses quase 50 anos que os tenho comigo.

Minhas postagens circundarão os mitos que vivemos hoje e que são correspondências daqueles que viveram nossos deuses e heróis do passado.

Coisas de adulto...de criança, déjà vu talvez...